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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Primeira Guerra Mundial (1 de 4) - Atritos entre as Grandes Potências

 Fonte: Imago História



Tamanha a importância e conseqüências da Primeira Guerra Mundial, que ela será utilizada muitas vezes como marco para balizar os eventos mais significativos do século XX, no que ficou conhecido como “era da catástrofe”. A Primeira Guerra Mundial vai enunciar novas formas de combate e alterar o equilíbrio das potências no plano europeu e mundial, com a introdução de novos expoentes como os Estados Unidos e a Rússia. Vamos a partir de agora conhecer um pouco mais de um dos conflitos mais sangrentos e traumatizantes da história da humanidade.

Diferentes estudiosos apontam causas diversas para explicar as motivações que levaram a Primeira Guerra Mundial. Para além das divergências podemos apontar alguns fatores que desencadearam a guerra.

Em primeiro lugar o choque entre os interesses econômicos conflitantes das grandes potências. Em face da expansão do capitalismo monopolista e da industrialização era necessário buscar novas fontes de matérias-prima, mercados consumidores e territórios para onde fosse possível exportar e dinamizar os capitais excedentes.
Colonialismo e Imperialismo. Atrelado aos interesses econômicos tem-se, principalmente a partir de década de 1880, um novo ímpeto colonialista e imperialista. Trata-se de um novo tipo de dominação amparado pelas novas tecnologias bélicas e efetivada rápida e intensivamente em grandes extensões territoriais da África e da Ásia. Como justificativa para a dominação desses continentes alegava-se, por um lado, uma suposta necessidade de levar a civilização para as nações atrasadas, e por outro, a eugênica afirmação de superioridade racial do homem branco. A América Latina também foi inclusa – mesmo que informalmente – no processo de neocolonização. Senão em termos de ocupação e subordinação explicitamente militar, tratava-se de uma dominação em se tratando de interesses econômicos.
As principais potências imperialistas eram a França e a Inglaterra. Contudo, a tardia unificação política da Itália e da Alemanha deixou esses países de fora da partilha dos territórios da África e Ásia. Esses países, em especial a militarista Alemanha não se contentou em ficar de fora do lucrativo empreendimento neocolonizador. Nesse âmbito, o imperialismo consistia em um potencial ponto de atrito entre as potências européias.

Outro ponto de atrito na Europa dizia respeito ao espetacular crescimento da indústria alemã, que no início do século XX já havia superado a França e já ameaçava a Inglaterra. Em outras palavras, o crescimento econômico, industrial e militar da Alemanha abalava o equilíbrio entre as potências na Europa, construído ainda nos idos de 1815, quando da derrota definitiva de Napoleão. Tratava-se do surgimento de uma nova aspirante a potência hegemônica. 

O nacionalismo e o militarismo, que inflamavam os ânimos das nações recentemente unificadas, no sentido da resolução dos conflitos externos por meio da via bélica. Mas não somente nessas nações; no caso da França, por exemplo, havia o desejo de revanche e de recuperação dos territórios da Alsácia e da Lorena, perdidos para a Alemanha em 1870, na Guerra Franco-Prussiana. De autodeterminação dos povos, os ânimos nacionalistas foram rapidamente convertidos em desejo de expansionismo e da formação de grandes nações, como a “grande Alemanha”, “a grande mão Rússia”.

A corrida armamentista e a formação de grandes contingentes belicosos. Tratava-se de uma paz armada, onde os países procuravam se preparar para uma situação de conflito que parecia inevitável. Muitos, inclusive, faziam uma apologia à guerra, que nesse sentido seria encarada como algo necessário para o fortalecimento do homem, e, por conseqüência da nação.

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