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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Revolução Francesa (3 de 5): Os Estados Gerais e a Assembléia Nacional Constituinte

 Fonte: Imago História



A convocação dos Estados Gerais nada mais é que a convocação dos três estados: clero, nobreza e representantes do terceiro estado. Fazia mais de 150 anos que os Estados Gerais não eram convocados, mas a situação era crítica: a população reclamava modificações na cobrança dos impostos.

O problema é que cada um dos estados tinha direito a um voto, e neste caso, nobreza e clero iriam se unir contra as mudanças requeridas pelo terceiro estado. Em meio à discussão o terceiro estado moveu uma forte campanha exigindo que a votação fosse por pessoa, e não por estado. Clero e nobreza reagiram e já no começo dos trabalhos dos Estados Gerais, no mês de maio de 1789, o rei Luís XVI decidiu que a votação continuaria sendo feita por estado.



A grande reunião dos Estados Gerais

Os representantes do terceiro estado reagiram, e se declararam em Assembléia Nacional Constituinte, com o objetivo de criar uma constituição para a França. Devemos lembrar que a constituição tinha por objetivo limitar o poder absoluto do rei.
 
Em meados de julho de 1789 se espalhou a notícia de que o rei iria reprimir a assembléia. Como resposta a população se rebelou, saqueando depósitos de armas e alimentos. Tomaram a bastilha, que era uma prisão fortificada e no campo atacaram os castelos. Pouco depois a Assembléia Nacional Constituinte declarou abolida a servidão, os dízimos e os privilégios do clero e da nobreza, a nacionalização dos bens da Igreja e a sua submissão.


Marcha do população em direção a Versalhes, exigindo a volta de Luiz XVI a Paris.

Ainda em 1789 a Assembléia Nacional Constituinte aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, documento que estabelecia o direito a liberdade, a resistência à opressão e à segurança. A propriedade privada, contudo, interesse imediato dos burgueses, foi declarado inviolável.

Em 1791 a Assembléia Nacional aprova a Constituição francesa, que instituiu a Monarquia Constitucional, colocando fim ao poder absoluto do rei. É claro que o rei não gostou nem um pouco de ter o seu poder restringido e procurou reagir, tentando fugir na calada da noite para obter apoio de nações estrangeiras.

O povo de Paris sentiu-se traído pelo rei Luiz XVI, pegou em armas para defender a então a “pátria e perigo”, inclusive, prendendo o rei e a sua família. Com ampla participação popular, os franceses conseguem derrotar os austríacos e prussianos e intensificar a Revolução.

Na charge abaixo, publicada na Inglaterra, podemos perceber que os revolucionários franceses aparecem retratados de forma muito negativa, como selvagens e sanguinários. A imagem faz referência à tentativa frustrada de fuga da família real.



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