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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Revolução Russa (4 de 6): Revolução de Outubro

 Fonte: Imago História



Assim, Lênin e Trotski planejaram a tomada do poder pelos Bolcheviques para o dia 24 de outubro. O primeiro passo foi a tomada da Fortaleza de Pedro e Paulo, que continha um imenso arsenal. A tomada da Fortaleza, na verdade, aconteceu de forma pacífica: convencidos por Trotski, os soldados que defendiam o local aderiram a Revolução em curso.

O passo seguinte foi a tomada de todos os pontos estratégicos de Petrogrado, deixando a cidade ilhada, o que possibilitou o ataque final ao Palácio de Inverno, na noite do dia 25 de outubro e, por fim, o marco definitivo do sucesso da revolução socialista.

Após a tomada do poder, Lênin anunciou as primeiras medidas dos revolucionários, entre elas a proposição da paz, à abolição da propriedade privada sem nenhum tipo de indenização, a nacionalização de todos os empreendimentos estrangeiros sem indenização e o controle das fábricas pelos operários.

Em meio ao caos que se instalaram na Rússia os bolcheviques resolveram abrir o Palácio de Inverno, então símbolo do czarismo, para a visitação pública, afinal de contas agora tudo pertencia a todos. O que se sucedeu foi o famoso saque do Palácio de Inverno, com a invasão da adega do czar e uma orgia que se estendeu por dias. Os bolcheviques até tentaram várias vezes acabar com a bagunça, mas foi difícil, uma vez que os seis primeiros grupos de soldados aderiram à orgia socialista.

Mas não era apenas a adega do Palácio de Inverno que interessava os russos. Pós-tomada de poder pelos bolcheviques todas as adegas encontradas na Rússia começaram a ser invadidas. A solução encontrada pelos bolcheviques já sinalizava o terror que a revolução poderia engendrar. Com a finalidade de evitar a embriaguês e o caos, os bolcheviques começaram a dinamitar as adegas, muitas vezes sem se preocupar em retirar os bêbados que estavam lá dentro.

As medidas dos Bolcheviques levaram a Rússia a uma guerra civil, colocando de um lado os revolucionários (vermelhos) e de outro os contra-revolucionários (brancos) apoiados pelas potências estrangeiras, que não queriam nem pensar na possibilidade da expansão do socialismo para outros países. Os vermelhos foram atacados por franceses, ingleses, alemães, poloneses, japoneses e até americanos.

Durante o período de intensa guerra interna foi instalado o chamado Comunismo de Guerra, onde se estabeleceu o trabalho obrigatório e o confisco dos produtos agrícolas. A guerra foi vencida pelos vermelhos, não sem deixar o povo russo em frangalhos e a economia arrasada.

 "Cada golpe de martelo é um golpe no inimigo". Cartaz ressaltando a importância do trabalho, inclusive, na produção de armamentos.

 Propaganda de 1920, onde se faz referência a Guerra Civil: "Bata os brancos com a cunha vermelha".

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